A economia de água, a redução no uso de agrotóxicos e a produção de alimentos de alta qualidade são apenas alguns dos aspectos positivos da implementação de um sistema hidropônico! Conhecida por ser a ciência de cultivar plantas sem solo, a hidroponia conta com diversos modelos, podendo atender as necessidades de diferentes horticultores.
Os sistemas hidropônicos podem ser classificados em estáticos ou dinâmicos (quanto a movimentação da solução nutritiva) e como abertos ou fechados (quanto ao retorno da solução ao reservatório). Quando a solução nutritiva permanece estática junto ou próxima as raízes o sistema é estático . Um exemplo deste caso é o Sistema de Pavio, muito utilizado em vasos decorativos. Neste sistema, há um vaso contendo a planta e um pequeno reservatório contendo a solução, ambos interligados por um pavio, por onde a solução sobe. Trata-se, também, de um sistema aberto, pois a solução não retorna ao reservatório.
A maioria dos sistemas utilizados são do tipo dinâmico, havendo circulação forçada de água ou de ar para aeração da solução!
Conheça cinco exemplos de sistemas hidropônicos dinâmicos:
1) SISTEMA FLOATING (sistema flutuante)
As plantas flutuam numa espécie de piscina com solução nutritiva. Em geral, são apoiadas em placas de isopor com furinhos. Exige muita água e um excelente sistema de aeração. São próprios para regiões de clima de calor intenso.
2) SISTEMA DE SUB-IRRIGAÇÃO
A irrigação, junto a zona radicular, é feita de baixo para cima e de tempos em tempos. Entre uma irrigação e outra quase toda solução retorna ao reservatório. Trata-se de um sistema fechado. São feitas 2 a 3 irrigações por dia, dependendo das necessidades das plantas e cultura cultivada.
3) SISTEMA NFT (Nutrient Film Technique)
O NFT é o sistema mais difundido atualmente. Nele, um temporizador aciona a moto-bomba de forma intermitente (por exemplo, mantendo 10 min ligado e 10 min desligado enquanto houver luz do dia). Como não há substrato entre as raízes, a solução circula e volta rapidamente ao reservatório, que mesmo sendo pequeno é capaz de atender a uma grande quantidade de plantas.
O manejo do sistema é bastante simplificado: desinfecção do reservatório e dos tubos, troca total da solução, aeração. Mas alguns cuidados são fundamentais! Uma pane no sistema elétrico ou na moto-bomba ou até mesmo o esquecimento de um registro fechado (muito comum), pode comprometer a produção, principalmente se for no período mais quente do dia. Como não há substrato, as raízes ressecam facilmente.
4) SISTEMA DE GOTEJAMENTO
Neste caso, as plantas são irrigadas gota à gota. Os dispositivos chamados gotejadores ficam na superfície do substrato, junto ao pé da planta. Um temporizador aciona o sistema de irrigação de forma intermitente, podendo ser de 2 a 3 vezes ao dia. A maioria destes sistemas são do tipo aberto e, neste caso, é possível utilizar substratos diversos como a serragem de madeira. Num sistema fechado, com reaproveitamento do excedente da solução aplicada, não deve-se usar serragem pois ela pode alterar o pH da solução, exigindo muitas correções.
5) SISTEMA DE AEROPONIA
Ela representa a tecnologia mais avançada em hidroponia, exigindo maior investimento dos produtores. Nela, a solução nutritiva é nebulizada em uma câmara escura, onde as raízes estão simplesmente suspensas e expostas ao ar interior. No lado de fora da câmara, a parte aérea das plantas recebe luz solar e/ou artificial. É um sistema fechado e utiliza temporizador com sensibilidade de curtos intervalos de tempo. No caso de utilização deste sistema, é crucial a atenção à energia elétrica, sendo necassário um gerador reserva.
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FONTE: LABHIDRO