
O solo é a base de boa parte da produção agrícola, e a forma como ele é manejado durante os períodos de calor e transição climática define a produtividade futura. Nesse contexto, a cobertura de solo é uma prática essencial para produtores profissionais que querem garantir maior equilíbrio, fertilidade e proteção para a safra de verão.
Quais são os benefícios da cobertura de solo?
- Proteção contra a erosão
A palhada ou vegetação de cobertura reduz o impacto da chuva e do vento, evitando a perda da camada fértil. - Conservação da umidade
Uma camada de cobertura ajuda a manter a umidade no solo, reduzindo a necessidade de irrigação em períodos mais secos. - Controle de plantas espontâneas
Espécies de cobertura competem com plantas indesejadas, diminuindo o gasto com capinas e herbicidas. - Ciclagem de nutrientes
Leguminosas como feijão-de-porco, crotalária e mucuna fixam nitrogênio e devolvem matéria orgânica ao solo. Além dessas, outras plantas também oferecem reposições de diferentes nutrientes ao solo.
5. Aumento da matéria orgânica
Com a decomposição da biomassa, há melhora da estrutura física e biológica do solo, tornando-o mais fértil e equilibrado.
Quais espécies usar como cobertura de solo?
- Crotalária juncea: ótima para fixar nitrogênio e controlar nematoides.
- Mucuna-preta: forma biomassa densa e controla plantas espontâneas.
- Milheto: excelente para produção de palhada em sistemas de plantio direto.
- Feijão-de-porco: rústico e eficiente na ciclagem de nutrientes.
A escolha deve considerar clima, sistema de produção e cultura principal que será implantada.
Quando e como implantar?
- O período de calor que antecede a safra de verão é ideal para estabelecer a cobertura de solo.
- Semeie as espécies de cobertura logo após a colheita da cultura principal.
- Permita o desenvolvimento da biomassa por 40 a 60 dias.
- Faça o manejo (roçagem ou rolo-faca) próximo ao plantio da safra seguinte.
Ganhos esperados
Ao investir em cobertura de solo agora, o produtor constrói um ambiente agrícola mais resiliente, fértil e econômico. Essa prática é considerada um dos pilares da agricultura sustentável, reduzindo custos de adubação, irrigação e controle de plantas espontâneas.
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