El Niño e La Niña: entenda a diferença
O El Niño e a La Niña são partes de um mesmo fenômeno atmosférico-oceânico que ocorre no oceano Pacífico Equatorial, denominado de El Niño Oscilação Sul (ENOS).
O ENOS refere-se às situações nas quais o oceano Pacífico Equatorial está mais quente (El Niño) ou mais frio (La Niña) do que a média normal histórica. Esta mudança na temperatura do oceano Pacífico Equatorial gera efeitos globais na temperatura e precipitação.
La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico, com o esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos significativos no tempo e clima devido à La Niña.
Nas próximas duas imagens é possível entender quais os comportamentos esperados em cada região, nas diferentes épocas do ano:
As previsões de anomalia da TSM para julho-agosto-setembro de 2022 (JAS/2022) dos modelos numéricos de previsão climática analisados, indicam que as águas sobre o Pacífico Equatorial ainda devem permanecer mais frias do que a média histórica. Ou seja, maior probabilidade de persistência da La Niña sobre o Oceano Pacífico Central.
A previsão da ocorrência de ENOS realizada pelo IRI/CPC no início do mês de junho indica maior probabilidade de que no próximo trimestre (Julho, Agosto e Setembro) as condições de La Niña se mantenham.
Fonte: O El Niño e Você – o fenômeno climático – Gilvan Sampaio de Oliveira.
Em geral, episódios La Niñas também têm freqüência de 2 a 7 anos, todavia tem ocorrido em menor quantidade que o El Niño durante as últimas décadas. Além do mais, os episódios La Niña têm períodos de aproximadamente 9 a 12 meses, e somente alguns episódios persistem por mais de 2 anos.
Neste vídeo do Canal Rural, é possível conferir os efeitos esperados até próximo verão, o que inclui ocorrência de geadas tardias no Sul do Brasil, chuva acima da média no Nordeste, e atraso nas chuvas da primavera no Centro-Oeste.
Saiba mais sobre a caracterização dos fenômenos neste link: INPE – El Niño e La Niña
Amadeo Luiz Toigo
Muito importante a publicação. Gostaria de receber mais informações com relação ao clima no Norte do Brasil.