Iluminação artificial é tema de evento da ESALQ

Promovido pelo Grupo de Estudos e Práticas em Olericultura, GEPOL, da ESALQ-USP, o evento apresentou uma série de palestras e workshops sobre o tema da iluminação artificial. Nesta matéria, reunimos os principais conteúdos abordados no I AGRO-LED. Acompanhe:

Iluminação artificial

Erico Matos, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Soil Organic apresentou em sua palestra os conceitos básicos, motivos para uso, sistemas de controle e mercado de iluminação artificial. Destacou a importância do entendimento de aspectos relacionados à quantidade, qualidade e duração da exposição da luz aos cultivos, e suas influências na produção de biomassa, morfologia e floração das espécies.

A radiação fotossinteticamente ativa está entre as faixas de 400 a 700nm, com os valores medidos em fótons. Podem ser usados diferentes sensores de radiação fotossinteticamente ativa. Mas afinal, por que utilizar iluminação artificial em cultivos?

De acordo com Erico, as diferentes lâmpadas e soluções para iluminação artificial podem ser empregadas, visando manter níveis adequados de quantidade de luz, aumentar a qualidade de produção, estender o período anual de produção em locais de oscilação da luz (qualidade e quantidade), reduzir o ciclo de produção (pela intensidade luminosa).

Controle dinâmico: Luz diária integral

Através do controle dinâmico é possível acionar ou desligar a iluminação artificial em tempo real, diante de variações na radiação solar, ajustando em tempo real, conforme programado para cada cultivo. Esta também é uma forma de economizar energia quando a luz suplementar não se faz necessária e garantir a suplementação, quando for o caso. 

As plantas recebem a mesma quantidade de Radiação Fotossinteticamente ativa todos os dias. Através desta tecnologia, há baixa necessidade de mão de obra, e altos índices de precisão e consistência da iluminação.

Considerações sobre uso de luz suplementar*:

• Importância da Intensidade luminosa
• Espectro de luz para maior eficiência produtiva
• Uniformidade dos níveis de luz e posição das lâmpadas
• Tempo de exposição à iluminação

* Para cada cultivo haverá diferentes combinações de iluminação artificial.

Microverdes em cultivo indoor

O case apresentado no evento foi o das Fazendas Bioma, de Florianópolis-SC, que reúne uma série de diferenciais positivos, como previsibilidade e qualidade da produção, uso de software de gestão da produção e gerenciamento remoto, sem uso de agrotóxicos e com produção de hortaliças com 90% menos água e 95% menos área que os cultivos convencionais.

Leonardo e Laíla, fundadores da Fazendas Bioma.

Pesquisas seguem em andamento, revelando os inúmeros potenciais deste nicho de mercado. É o que mostra o artigo “Pesquisa sobre Microverdes: Uma Análise Bibliométrica”, recém publicado na revista Vegetos. Este esforço colaborativo entre UFSC (Melvin Eggler Ferreira, André Zeist e Tiago Olivoto) e UFPB (Juliane Henschel, Diego Silva Batista), revelando o fascinante mundo dos microverdes em uma análise das publicações científicas.

O estudo empregou a cientometria, para explorar quantitativamente a literatura científica. Notavelmente, 60% das publicações científicas relacionadas aos microverdes surgiram entre 2018 e 2021, indicando um interesse recente crescente. 

Acesse o artigo na íntegra: 2023 – Research on microgreens a bibliometric analysis.pdf