ISLA vai até o Japão para trazer novidades para horticultores brasileiros

Em novembro a ISLA foi até o outro lado do mundo para visitar a sua parceira há mais de 30 anos, a empresa japonesa Kobayashi, que produz e comercializa sementes diferenciadas e de alto potencial.  A visita teve como intuito aprofundar conhecimentos e conferir na prática quais são as últimas tecnologias e tendências da horticultura!
Diana, presidente da ISLA Sementes e o parceiro e diretor de negócios Minoru Kobayashi

Indo de encontro aos princípios da ISLA, a Kobayashi pesquisa constantemente as demandas do mercado para poder agregar a seus produtos características que satisfaçam as necessidades dos consumidores, prezando por características únicas no sabor, textura e desempenho dos materiais em campo.

       
Nas imagens vocês conferem algumas das cultivares japonesas! Diferenciais em textura, sabor e visual são um atrativo para os consumidores e podem trazer excelente retorno aos produtores rurais, especialmente pelo alto valor agregado

Além de acompanhar o que está sendo desenvolvido nos campos do Japão, a presidente da ISLA, Diana Werner, visitou feiras e mercados do país, e está pronta para trazer mais novidades para os horticultores brasileiros, ampliando ainda mais a diversidade na linha de sementes da ISLA. Couves Mizunas diferenciadas, Cebolinha Futonegui Híbrida e Tatsois, microverdes variados, folhosas e raízes de colorações inusitadas, repolho roxo em formato de coração e couves ramosas foram algumas das cultivares diferenciadas encontradas por lá.

 
Microverdes e alimentos vivos são comuns no comércio japonês. Embalagens que destacam os atributos do produto e formas de consumir podem alavancar as vendas

 
Cebolinhas Futonegui e Tatsois são produzidas dando origem a dois produtos que podem ser consumidos: a cebolinha (parte verde) e a raiz (parte branca). Além de materiais com potencial para esta finalidade, produtores japoneses utilizam técnica de manejo que garante o resultado

De acordo com Diana, além de manejo diferenciado e de apresentarem materiais extraordinários na hora da comercialização in natura, as empresas japonesas também surpreendem ao investir em novas possibilidades de vender as hortaliças. Microverdes em embalagens diferenciadas, além de chips de hortaliças, são alguns dos destaques, além de possível tendência para o mercado da horticultura em nível global.

 
Chips Vegetais são comuns no Japão! Com diferença entre sabores e texturas, acentuando as características de cada hortaliça, os chips são comercializados como lanches saborosos e incluem quiabo, cenoura, repolho, vagem, maçãs, raiz de lótus, moranga e muito mais

Confira a entrevista que realizamos com Diana Werner e fique por dentro do das últimas tendências da horticultura japonesa e de algumas das novidades da ISLA para 2019: 

Canal do Horticultor (CH): Qual a importância de parcerias como a com Kobayashi?
Diana Werner (DW): Para nos esta é uma parceira muito importante. A Kobayashi é uma empresa séria, extremamente comprometida com a qualidade e a evolução de seus produtos. Trabalhamos há trinta anos juntos e vemos um futuro ainda mais promissor!

CH: Quais são os pontos altos da produção de hortaliças no Japão e como eles podem influenciar o mercado brasileiro?
DW: 
O Japão tem muita tecnologia de desenvolvimento de repolhos e de outras espécies da família das brássicas, como o brócolis e a couve chinesa. São produtos muito importantes na cultura deles e que vem crescendo significativamente no Brasil. Não só pelo nosso contato com as culturas asiáticas, mas pelas próprias propriedades nutracêuticas destes produtos, que vem sendo entendidas e reconhecidas também na nossa cultura. Desta forma, sempre pensando na adaptação ao nosso clima, condições de cultivo e paladar, podemos ter acesso a materiais de alta desempenho e super sabor.

CH: Você visitou campos, feiras e provou a gastronomia japonesa. Quais são as grandes tendências para a horticultura e gastronomia?
DW:
A cultura e a gastronomia japonesas são extremamente ricas e complexas, tive apenas uma pequena amostra da infinidade que representam. Interessante notar uma influência ocidental, como o crescente consumo de alfaces, e ao mesmo tempo muitas opções de alimentação totalmente tradicionais. Nos mercados é muito forte à comunicação do sazonal e se trabalham muitos produtos fermentados, desidratados e em conservas específicas, além das tradicionais hortaliças frescas. Vi alguns microverdes em embalagens bem interessantes, além da venda dos produtos vivos e de mix de “salgadinhos” naturais de quiabo, cenoura, raiz de lótus, entre outros.

CH: O que podemos aprender com o Japão?
DW:
Para mim o maior aprendizado é o respeito e o capricho. Desde as hortas comunitárias até os campos profissionais, é impressionante o capricho dos cultivos. O respeito aparece no andar nas calçadas e em toda organização das cidades, e esse respeito chega ao cuidado com os vegetais, no manuseio, comercialização, em todas as etapas da cadeia.

CH: Algum material que a ISLA identificou como mais promissor e pensa em trazer para o Brasil?
DW: Existem várias oportunidades! Devemos iniciar com as Couves Kale, mostarda roxa, cebolinhas diferencias e novos repolhos e brócolis!

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