Saiba quais são os tratos culturais para o tomate de mesa

Não é de hoje que o tomate figura entre as hortaliças mais apreciadas no Brasil! Ele é amplamente consumido in natura nas saladas mais diversas, utilizado na fabricação de molhos e atualmente vem protagonizando até mesmo sobremesas, em especial quando se tem a disposição no mercado variedades extremamente adocicadas, como é o caso do Catânia, da ISLA Sementes.


Tomate Híbrido Catânia, uma variedade da ISLA Sementes que tem como diferencial a elevada concentração de açúcar, podendo chegar a até 13º brix

De todos tamanhos, cores e formatos, o tomate tem forte impacto no mercado econômico do Brasil, e o país é um dos maiores produtores desta hortaliça. Mas para garantir ao consumidor alimentos de qualidade e excelente sabor, é fundamental que alguns cuidados durante o manejo do tomate de mesa sejam realizados. Dentre os tratos culturais fundamentais para o sucesso do cultivo estão processos como: amontoa, amarrio, desbrota, poda das plantas, cobertura de solo e tutoramento.

Cobertura de solo

Tomate Híbrido Lucca, da ISLA Sementes, cultivado em sistema de mulching branco (também pode ser aplicado mulching de cobertura vegetal)

Ideal para proteger os materiais e garantir o seu melhor desenvolvimento, a cobertura de solo é um procedimento simples, mas responsável por proteger o solo e o tomateiro de plantas invasoras e agentes causadores de doenças. Pode ser realizada com mulching branco, preto ou vegetal. A presença da cobertura vegetal auxilia no desenvolvimento e proteção dos materiais em campo, ajudando a proteger o solo do impacto de chuvas, a diminuir as regas e a evitar ervas daninhas. Para fazer a cobertura você pode usar palha, folhas secas ou serragem, por exemplo. As plantas de cobertura são espécies com elevado potencial de produção de matéria seca e com profundo e vigoroso sistema radicular, que têm a capacidade de reciclar nutrientes e de, após sua decomposição, tornar o solo leve e poroso, promovendo bom enraizamento do cultivo subsequente. Sugere-se como planta de cobertura o uso de gramíneas ou de leguminosas, ou destas duas consorciadas.

Amontoa
Consiste no revolvimento de terra com o intuito de deslocar uma quantidade maior desta até o colo (pé) da planta. Isto ocorre com a finalidade de aumentar o sistema radicular e com isso a capacidade de absorver nutrientes das plantas. Deve ser realizado de 15 a 20 dias após o transplantio, já tendo sido feita a primeira adubação de base.

Amarrio
Esta operação consiste em amarrar a planta garantindo que esta seja tutorada durante o seu crescimento. Para isto, é preciso utilizar fitilho de polietileno. É importante lembrar que o processo não pode causar o estrangulamento do caule, e tem que garantir a correta condução da planta. Geralmente são realizados cerca de cinco a seis amarrios até o topo. Existem ferramentas que facilitam a operação de amarrio por serem de fácil utilização, como por exemplo o alceador. E também é possível optar por outro tipo de condução do material, onde não é necessário fazer o amarrio, como no caso do tutoramento em sistema de carrossel (fitilho é enrolado ao longo da planta, até chegar o topo e ser preso no arame).

Desbrota
Com o objetivo de reduzir o número de ramos na planta e, consequentemente, a competitividade por assimilados das pencas, a desbrota consiste em eliminar os brotos quando estes estão com 2cm a 5cm laterais. Estes brotos que serão eliminados no processo são os que surgem nas axilas de cada folha, e é possível realizar a desbrota apenas quebrando os mesmos. O processo também traz a vantagem de ser funcional para facilitar a aeração e o controle fitossanitário.


Desbrota no tomateiro

Poda ou capação
Essa operação é realizada exclusivamente em materiais de hábito de crescimento indeterminado. Ela consiste na eliminação do broto terminal das hastes. Com a poda tem-se maior controle do crescimento da planta, sobre a floração e frutificação, limitando o número de pencas e garantindo frutos mais graúdos.

Poda de folhas e raleio de frutos
 A poda das folhas no tomateiro é recomendada para melhorar o arejamento, aumentado a eficiência fotossintética e principalmente para reduzir os riscos de incidência de pragas e doenças, assim como facilitar seu controle. A eliminação das folhas é de baixo para cima, devendo ser cortadas apenas aquelas abaixo das pencas já colhidas (frutos maturados). O raleio dos frutos é indicado para reduzir, entre eles, a competitividade por assimilados na planta. São deixados na planta os frutos com maior potencial para bom desenvolvimento. O número de frutos deixados por penca depende do grupo em questão. Para o grupo Santa Cruz ou Italiano, recomenda-se deixar de seis a oito frutos por penca e nas pencas superiores de quatro a seis. No grupo salada, nas primeiras três pencas deixar em torno de quatro a cinco frutos, acima destas, de três a quatro.

Tutoramento

Tutoramento tipo cerca cruzada, em lavoura de tomates Lucca em Ribeirão Branco (SP)

Existem diversos tipos de tutoramento que podem ser aplicados em sua lavoura, todos com uma finalidade em comum: Assegurar maior qualidade dos frutos, tanto por fatores diretos como indiretos (maior aeração, menor incidência de problemas causados por doenças e pragas, maior facilidade de controle fitossanitário, evitar pisoteio de frutos).

Tutoramento tipo cerca cruzada
É um sistema relativamente simples e tradicional, que consiste na colocação de estacas de bambu com 1,80 a 2,20m de comprimento, apoiadas em uma madeira inclinada sobre um fio de arame bem esticado.


Modelo de estaca individual e tomates tutorados neste sistema

Tutoramento com estacas individuais na vertical
 As estacas de bambu roliças são cortadas com 2,30m e deverão ser fincadas no solo cerca de 0,50m. A partir delas é realizado o tutoramento dos materiais.


Tutoramento em estaca individual

Tutoramento com fitilho e arame para cultivares de crescimento indeterminado

Tutoramento em área de Tomate Lucca em Coimbra (MG)

Conhecido por ser um dos sistemas mais adotados, ele utiliza fitilhos e consiste em um arame na horizontal sobre as fileiras de tomate, com altura de 1,80 a 2,00m. As plantas serão amarradas com o fitilho, que será preso no arame. A medida que a planta cresce, solta-se o fitilho, envolve a nova parte da planta e prende o fitilho novamente.

Tutoramento meia estaca para cultivares de crescimento determinado
Neste método são colocados moirões de madeira ou bambu de madeira com 1,30m de altura, mais baixos que o anterior. Posteriormente, passa-se um fio de arame de 0,40 a 0,50m do solo, e a cada cinco plantas finca-se um bambu para sustentação do arame.

Condução

Mini Tomate italiano Sorbetto, da ISLA Sementes, conduzido em sistema de carrossel

Existem diversos sistemas de condução adotados pelos produtores, com características regionais específicas. Eles têm a finalidade de aumentar a produtividade, reduzir custos, melhorar a luminosidade e aeração, minimizar a incidência de pragas e doenças e facilitar os tratos fitossanitários. Os tipos de condução variam de acordo com as cultivares serem de crescimento determinado ou indeterminado.

Crescimento determinado
No caso da condução de cultivares ou híbridos de hábito de crescimento determinado (plantas que possuem crescimento limitado pela emissão de uma inflorescência terminal), a condução é feita realizando-se a desbrota da planta na altura do primeiro ramo floral. A partir daí, permite-se que a planta emita suas novas brotações naturalmente. Neste caso, são plantas de 0,70 a 1,20m de altura, que possuem entre 8 e 12 pencas, que serão conduzidas em 3 a 4 hastes/planta.

Crescimento indeterminado

Tomate híbrido Wanda, da ISLA Sementes, conduzido em sistema de carrossel 

Estas variações se caracterizam principalmente pelo número de hastes por planta e de planta por cova, visando a maior qualidade e o peso final do produto, pois atende um mercado extremamente exigente. Considerando cultivares de polinização aberta, onde o custo das sementes é menor, são colocadas duas sementes por células da bandeja e não é feito desbaste, pois as duas plantas são conduzidas na mesma cova, com uma haste cada uma. Outro exemplo de condução bem similar é, quando o produtor visa um mercado mais exigente que requer frutos mais graúdos. Para conseguir estes frutos, é semeada uma só planta por cova, conduzida em somente uma haste. Para frutos menores, são usadas duas hastes ou mais na condução.

A ISLA Sementes conta com uma linha ampla de tomates, que trazem sabores, formatos e características muito singulares, atendendo às diferentes necessidades dos produtores e consumidores brasileiros. Clique aqui e confira alguns dos materiais e suas características! 

Fonte: Agência Embrapa de Informações tecnológicas

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