Todos os anos, a rede de varejo de produtos saudáveis Whole Foods anuncia uma lista de tendências de consumo de alimentação. Para 2018, a empresa norte-americana aposta em diversas mudanças comportamentais, dentre as quais se destacam o uso dos alimentos por inteiro (talo, folhas e frutos), o boom das flores comestíveis e a demanda por maior transparência alimentar, que indique rastreabilidade, uso de químicos, informações nutricionais e nível de processamento.
Segundo o estudo, “a consciência alimentar e ambiental começam a estar no topo das prioridades”, e este não parece ser um conceito passageiro. Para o mercado da horticultura, a lista de tendências divulgada pelos norte americanos significa um indício interessante do futuro do consumo global, e pode ajudar produtores e varejos a se prepararem para inovar e se destacar no mercado.
Conheça 3 tendências que vão impactar o setor da horticultura:
1. Sabores florais
Difundidas no mercado gastronômico e muito utilizadas por chefs de cozinha, as flores comestíveis dão um toque de vida e elegância aos pratos. Devido ao grande apreço e procura do público por elas, a tendência é que sejam cada vez mais comercializadas em feiras e mercados. Essa é uma excelente oportunidade para os horticultores que querem investir em um novo nicho ou entrar no mercado gastronômico. Quem produz culturas como a de feijão-vagem, manjericão e abóbora (que possuem flores comestíveis) pode aproveitar as suas produções para diversificar no mercado, comercializando também as flores destes materiais.
Desde a adição de flores e pétalas inteiras em pratos até a infusão de sabores botânicos em bebidas e lanches, essa tendência de alto valor agregado cria um sabor sutilmente doce e resgata aromas de frescor. A projeção é que cada vez elas ganhem mais espaços no comércio e também em pratos caseiros e restaurantes!
2. Transparência
Os consumidores querem saber a verdadeira história por trás de sua comida, e como esse item fez o seu caminho da fonte para a loja. A transparência dos transgênicos é a prioridade, mas os compradores também buscam outros detalhes, como a certificação Fair Trade, produção responsável e padrões de bem-estar animal.
Produtores orgânicos podem seguir esse caminho com a certificação de seus produtos, por exemplo. Outra forma de garantir que os consumidores conheçam de fato a origem dos alimentos é aplicando a rastreabilidade nestes.
A Whole Foods prevê que a tendência da transparência alimentar continue crescendo. Se, nutricionalmente, a informação já é substancialmente mais completa, a jornada segue maior transparência face à forma como os alimentos são produzidos. Isto porque os consumidores querem saber qual é a realidade por de trás daquilo que vão consumir e o caminho que o alimento seguiu, desde a sua origem. Este processo impacta também no reconhecimento do trabalho no campo, e conecta consumidor final aos ciclos dos alimentos e sua produção!
Saiba mais sobre resíduo zero, rastreabilidade e certificação para produção de hortaliças!
3 – Até o talo
A redução do desperdício de alimentos e a preocupação ambiental são algumas das forças que irão se somar em 2018. Este fato trará o crescimento do comércio de partes de hortaliças que usualmente não são consumidas, mas podem dar mais sabor aos pratos e um toque especial nos pratos. O destaque será o cozimento do raiz-a-caule, dando ênfase ao ao hortifrúti.
A tendência será utilizar a fruta ou hortaliça inteira, incluindo os caules ou folhas que são menos consumidos. Receitas como cascas de melancia em conserva, geleia de casca de tomate, pesto de beterraba ou salada de brócolis têm introduzido os consumidores em novos sabores e texturas destes alimentos.
Horticultores podem aproveitar a oportunidade para destacar no comércio as partes que usualmente não são utilizadas em pratos, como as ramas das cenouras. Uma ideia é a comercialização destes em bandejas ou até mesmo em maços, com destaque para os materiais e suas possibilidades de utilização na hora de consumir!
Fique por dentro de todas as tendências da Whole Foods para este ano!