Colheitas ISLA 2018: intensificando laços entre o campo e a gastronomia

No dia 22 de janeiro a ISLA Sementes recebeu horticultores, influenciadores e chefs de cozinha de todo o Brasil para a 3ª edição da Super Colheita e 5ª edição da Colheita dos Chefs. Os eventos apresentam soluções criativas na forma de consumir frutas e hortaliças e proporcionam aos convidados a experiência única de conhecer materiais diferenciados. Unindo elos de toda a cadeia da alimentação, as Colheitas tem um propósito: Mostrar ao mercado gastronômico e aos consumidores que o Brasil tem muito mais variedades de hortaliças do que se imagina.

Atualmente, o cenário de alimentação brasileira ainda está longe de ser o ideal. A população consome apenas um terço da quantidade de hortaliças recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é equivalente a 400 gramas por dia, no mínimo. Objetivando o aumento desse consumo e maior consciência sobre a importância de uma alimentação  saudável, a ISLA Sementes realiza as Colheitas desde 2014.


  
Alguns materiais apresentados nas Colheitas, entre pré-lançamentos, testes e variedades que já estão no mercado, como a Berinjela Híbrida Morella e Pimenta Ibaté

A exposição dos materiais em campo torna possível que os participantes compreendam os processos de produção das hortaliças e esforços dos horticultores, que resultam em alimentos mais saborosos, nutritivos e saudáveis. “Hoje muitos restaurantes usam a hortaliça como protagonista do prato. Mas há cinco anos, quando começamos esse projeto, não era assim. Hoje são outros questionamentos, e embora tenhamos dados positivos ainda tem muito a ser feito. Por isso é tão importante estarmos reunidos para mudar esse cenário”, revela Diana Werner, presidente da ISLA Sementes, na abertura do evento.

Além de colher direto do pé, na Super Colheita os participantes desfrutaram de um almoço ao ar livre, preparado pelos chefs Marcelo Schambeck, Leonardo Magni e Vico Crocco. Tomates extremamente doces como os híbridos Catânia, Dolcetto e Sicília, pimentas dos mais diversos formatos, como a Ibaté, berinjelas redondas como a Niobe, mini abóboras e mini pimentões, com o lançamento das variedades Akamu, Kaiki e Kalani e quiabos coloridos protagonizaram o dia. Além deles, a vivência cheia de sabor que foi compartilhada entre horticultores, influenciadores e chefs de todo o Brasil.

Colheitas trazem diversidade e novas perspectivas para produtores e chefs

Para os horticultores, o evento é um espaço de troca de conhecimentos técnicos, assim como local para interagir com profissionais de outros elos da cadeia da alimentação. “Aqui na Colheita a gente sai da zona de conforto para ver como é feita a semente, de onde sai, quem é que come o nosso produto, quem é que cozinha o nosso produto. E esse contato é muito rico!”, afirma Lidiane Silva, proprietária da Acqua Hidroponia de Águas Claras, em Viamão-RS. Para ela, é essencial que os horticultores estreitem os laços com todos que trabalham com alimentos, podendo influenciar de forma efetiva na alimentação do país. “Temos que vir aqui e falar com as pessoas. Colocar a mão na massa. Sentir o cheiro, cozinhar os produtos que comercializamos. Isso tudo faz parte do processo de transformação. A gente tem que fazer o que acredita e compartilhar com o mundo”, elucida.


Marcelo Oyafuso (Orgânicos Direto da Serra) | Ana Livi (Horta Alegre) e Mauro Weber (Sítio Arvor(e)ser) | Fátima Anselmo (Orgânicos da Fátima) e Thomas Oberlin (Fazenda Urbana)

 

“O nosso papel como produtores é fundamental. De levar até as pessoas essa visão de uma comida que é de verdade. Que é a comida simples, que vem da terra, do campo, das nossas mãos”, complementa a agricultora urbana e orgânica Fátima Anselmo, fundadora do Orgânicos da Fátima. Ela destaca que as Colheitas são uma oportunidade para os horticultores, que podem acompanhar de perto o trabalho desenvolvido pela ISLA Sementes. “A gente vê que é sério, o que dá muito mais credibilidade para gente. Eu uso muito essas sementes, e para mim foi um achado ver que escolhi a empresa certa para dar um produto bom para os meus clientes”, menciona.


Claudio Nunes, Gerente Desenvolvimento de Produto da ISLA, apresentou panorama do mercado de hortaliças no Brasil e novas variedades


Débora Morato (Sabor da Fazenda) experimenta tomates diferenciados, como o Sicília

 
Colheita de Déborah Gaiotto e Marcos Tavares (Fazenda Maria) e de Fátima Anselmo

À noite, o evento Colheita dos Chefs também teve como viés fundamental a conexão com o trabalho no campo e a valorização dos produtores. “É muito importante para entender toda a cadeia. A gente vir aqui no campo e ver a preocupação, e ver o produto real, e colher esse produto é uma sacada incrível. A gente vê realmente que o trabalho é concreto. Tem raiz. Tem base “, resume o Chef Onildo Rocha, do restaurante Cozinha Roccia

A chef Manu Buffara, à frente do Restaurante Manu de Curitiba-PR, trabalha em parceria com pequenos produtores da região metropolitana de Curitiba, que fornecem os alimentos necessários que dão origem ao menu de seu empreendimento. “Esse evento é a maneira de interagir com as tendências do ano, com o que não só o chef mas o produtor, o agrônomo, o agricultor, o dono do supermercado e toda a cadeia está pesquisando e procurando”, expõe. Para ela, o aumento do consumo de hortaliças é crucial não apenas para a saúde das pessoas, mas para a vida na cidade e para o meio ambiente. Ela salienta que uma das formas de tornar possível um cenário mais positivo é entendendo a origem daquilo que chega aos pratos e conectando os elos da cadeia da alimentação. “Isso que ISLA vem tentando fazer junto com a gente, porque uma andorinha não faz verão, precisamos de várias”, assinala.


Chefs Onildo Rocha e Manu Buffara acreditam na reconexão com o campo para uma alimentação mais saudável no Brasil

A diversificação no mercado de hortaliças e lançamento de produtos diferenciados também é um dos pilares para tornar real uma alimentação mais saudável, que traz consigo um conceito de reconexão com a natureza, e, consequentemente, a valorização dos horticultores. “Há dez anos resolvi morar no campo e produzir o que ia comer. Nesse momento vi como era difícil ter uma verdura, um legume como protagonista no prato. Hoje é fácil graças a essa diversidade que vemos aqui nas Colheitas”, informa Rodrigo Bellora, produtor e chef à frente do Valle Rústico. “Hoje temos uma gama de produtos com diferentes qualidades, texturas, sabores, picâncias. E toda essa mudança aconteceu porque houve todo um trabalho de quem produz sementes, do produtor, dos chefs e do consumidor. Todos tiveram um papel importante”, afirma.

Confira como foram as Colheitas ISLA 2018:

 

 

 

 

Tem algo para acrescentar sobre esse post? Compartilhe com a gente!

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *