A otimização da polinização de abóboras híbridas do tipo Tetsukabuto pode ser fator decisivo na lucratividade da sua lavoura.
A Abóbora Tetsukabuto surgiu do cruzamento de variedades específicas de abóboras e morangas no Japão e conquistou seu lugar na mesa e no coração dos brasileiros, chegando a ser uma das hortaliças mais consumidas no país. Como é uma planta muito rústica, se adaptou com muita facilidade a todas as regiões brasileiras, consolidando o país como um dos destaques na exportação deste tipo de material
Polinização Diferenciada
A Tetsukabuto produz flores masculinas e femininas na mesma planta. No entanto, o número de flores masculinas é muito baixo em comparação com as femininas, podendo até mesmo nem existir em determinadas plantas.
É por esse motivo que a polinização é um fator determinante na produtividade dessa lavoura. O horticultor deve garantir a polinização eficiente do maior número possível de flores femininas de Tetsukabuto a fim de evitar deformações e o baixo pegamento de frutos.
A polinização é, naturalmente, um acontecimento delicado que depende de inúmeras variantes: temperaturas baixas ou elevadas, ventos fortes e chuvas contínuas afetam a atividade dos insetos polinizadores, podendo resultar em quedas significativas de produtividade.
Garantindo a polinização de flores femininas
Os produtores profissionais dessa variedade utilizam essencialmente 2 estratégias simultâneas: o plantio antecipado de variedade polinizadora de outra abóbora junto a lavoura de Tetsukabuto e a utilização de Ácido 2,4 Diclorofenoxacético (2,4-D) em quantias mínimas nas flores femininas
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Os resultados de pesquisas desenvolvidas durante décadas pela Embrapa Hortaliças mostraram que a aplicação do 2,4-D nas flores femininas em baixas concentrações atua como um hormônio de crescimento. O horticultor deve aplicar no interior de todas as flores femininas enquanto as flores estiverem abertas, pulverizando um jato rápido de mais ou menos 2 ml por flor, de uma solução com 133 a 166 mg/kg do 2,4-D.
Essa operação deve ser repetida todos os dias, entre as 6h e 11h da manhã, quando as flores estiverem recém abertas, durante todo o período de floração, que dura cerca de 35 a 45 dias.
Preparando a solução
Conforme indicado pela Embrapa Hortaliças, misture 1 ml de 2,4-D disponível no mercado na formulação 670 g/L em 5 litros de água e algum corante para sinalizar as flores que já foram borrifadas. A solução deve ser guardada em local fresco e sombreado, podendo ser usada até uma semana após o preparo.
Para cada hectare de lavoura, você precisará de 60 litros da mistura.
Cuidados durante a aplicação
Durante a aplicação, evite que a solução escorra nas folhas e ramas da planta. Fique atento à correta manipulação das substâncias, uma vez que concentrações mais altas do 2,4-D podem prejudicar o crescimento natural dos frutos. Para mais detalhes e especificações técnicas na sua área, consulte o orgão de extensão rural da sua região ou consulte o material explicativo disponibilizado pela Embrapa Hortaliças.
Boas colheitas!