Para viabilizar a produção agrícola na região do Cerrado, muitos produtores fazem uso de água através de irrigação, especialmente na época mais seca, que vai de maio a outubro.
Neste vídeo, o destaque está para o reservatório de captação da água, que foi dimensionado para atender as lavouras próximas. As áreas recebem irrigação por meio de pivô central.
Acompanhe o vídeo: Reservatório permite cultivo em época de seca no Cerrado
Irrigação por pivô central com taxa variável
Esse sistema utiliza sistemas de irrigação por aspersão montados em pivôs centrais, nos quais a taxa de aplicação de água é ajustada de acordo com as necessidades específicas de cada área. Sensores e controladores monitoram as condições do solo e da cultura, permitindo que a irrigação seja adaptada para otimizar o uso da água.
Ao integrar práticas de captação e reutilização da água da chuva, os agricultores podem aumentar a resiliência dos cultivos diante dos períodos de seca, diminuindo impactos das mudanças climáticas e garantindo a sustentabilidade a longo prazo na produção. A água proveniente da chuva pode ser armazenada e utilizada posteriormente. Além disso, esta prática evita o desperdício, contribui para a conservação dos recursos hídricos, reduzindo a dependência de fontes como rios e outros reservatórios.
Conheça outros sistemas de irrigação:
- Gotejamento (ou irrigação por gotejamento)
Nesse sistema, a água é liberada lentamente diretamente nas raízes das plantas, através de emissores ou gotejadores. Essa abordagem minimiza as perdas de água devido à evaporação e ao escoamento superficial, resultando em uma irrigação altamente eficiente. Leia mais nesta matéria.
- Microaspersão
Esse sistema utiliza pequenos dispositivos de aspersão para liberar água em taxas mais baixas, em comparação com os aspersores convencionais. A água é aplicada mais próxima do solo, reduzindo as perdas por evaporação e o desperdício causado pelo vento.
- Irrigação por por sulcos ou irrigação por faixa
Técnica amplamente utilizada em regiões planas e de baixadas, essa abordagem envolve a aplicação de água em canais ou sulcos ao longo da área de cultivo. A água flui lentamente pelos sulcos, permitindo uma infiltração mais eficiente no solo e reduzindo as perdas de água.
- Irrigação por capilaridade
Nesse método, a água é fornecida às plantas através de materiais porosos, como cordões de algodão ou mantas de irrigação. As plantas absorvem a água conforme necessário, minimizando a perda por evaporação e erosão. Técnica bastante usada em vasos autoirrigáveis, por exemplo.
Uso da água: entenda a importância
É importante ressaltar que a eficiência do sistema de irrigação também depende da correta programação e manejo do sistema, além de fatores como o tipo de solo, as condições climáticas locais e as características das plantas cultivadas. A combinação de práticas adequadas de manejo da água, juntamente com sistemas de irrigação eficientes, pode ajudar a reduzir significativamente o consumo de água na agricultura.
De acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), cerca de 93 trilhões de litros de água são retirados anualmente de fontes superficiais e subterrâneas para atender aos diversos usos, sendo 49,8% destinados à irrigação.
Aproveitar a água da chuva na produção agrícola é de extrema importância, pois representa uma forma sustentável e econômica de suprir as necessidades hídricas das plantas, sem comprometer o nível de rios e outros reservatórios naturais.