Saiba como evitar a queima da borda de alfaces

Fonte de renda para inúmeros produtores rurais, a alface é a folhosa mais consumida no país! Ela é a preferência dos consumidores no preparo de saladas, especialmente da clássica combinação “tomate e alface”, um dos acompanhamentos mais frequentes no prato dos brasileiros!  Mas para garantir a boa produtividade, qualidade e sabor é preciso que os produtores fiquem atentos ao manejo e aos principais problemas que podem afetar a cultura!  Entre os mais comuns, que afetam também outras folhosas, está  a queima das bordas da alface.

A queima das bordas da alface (tip burn) compromete o visual das folhas e, consequentemente, a sua comercialização. Este fenômeno está atrelado, principalmente, a deficiência ou desiquilíbrio de cálcio nas variedades. Podendo também ser resultado de uma má fertirrigação das variedades (falta de água).

Quais são as medidas para solucionar o problema
Na imagem você confere o efeito da queima da borda em alface

É altamente recomendada uma análise de solo para verificar como estão os níveis de cálcio. Em caso dele apresentar desiquilíbrio e baixos níveis (condições propícias para desenvolver a queima da borda das alfaces), é possível que o produtor tenha que realizar a  correção de solo com calcário, equilibrando os níveis de cálcio e garantindo o sanidade das folhosas.

Se a cultura é trabalhada em sistema de mulching e cultivada diretamente no solo, é preciso corrigir preventivamente o solo para evitar o problema. Por isso, realizar a amostragem de solo antes de começar o cultivo é fundamental para o sucesso dos horticultores, podendo ter impactos extremamente positivos ao longo do desenvolvimento das cultivares.

Para quem trabalha com sistema hidropônico, a correção durante o manejo, com aplicações de cálcio, pode driblar o problema, recuperando a sanidade das cultivares que estão começando a se desenvolver.

Confira como identificar e solucionar o problema: 



A nutrição é fundamental
O cálcio (Ca) é um elemento fundamental na nutrição de plantas. Isto ocorre pois ele tem função estrutural na parede celular, funcionando como agente cimentante (ele mantém a integridade das paredes celulares). A falta ou desequilíbrio desse nutriente provoca o rompimento da parede celular e faz com que suco celular “extravase”, provocando a morte dos tecidos e tendo como consequência a “queima das bordas” das folhosas.

Ao contrário de Macronutrientes como nitrogênio (N), potássio (K) e fósforo (P), que circulam com  facilidade na planta e alcançam as extremidades desta para cumprir a sua função, o Cálcio (Ca) é um elemento de baixa mobilidade. Devido a este fator, o sintoma da queima da borda acontece nas extremidades dos materiais, que ficam “desprotegidas”.

O desequilíbrio entre nutrientes e a baixa mobilidade do cálcio comprometem a integridade das partes mais distantes da planta, onde o cálcio tem mais dificuldade para chegar (nas bordas, pontas das folhas e extremidade dos frutos). Em cultivares como a alface, isto causa problemas de queima de bordas e pontas, já em culturas como a do tomate, do pimentão e da berinjela, ocasiona no “fundo preto” dos frutos, e em melancias e melões causa a lesão nas extremidades.Com altas temperaturas o desenvolvimento e a expansão foliar são acelerados, assim como o fluxo transpiratório e a absorção e translocação de N, P e K para todas as partes da planta em detrimento da absorção e translocação de Ca, que tem baixa mobilidade.

Investir em materiais que tem resistência à queima das bordas da alface é outra alternativa para produtores que buscam a excelência em suas lavouras! Algumas cultivares, como a Alface Itapuã Super, a Alface Americana Delícia, a Alface Crespa Grand Rapids e a Alface Regina de Verão, da ISLA Sementes, são materiais que apresentam essa característica e podem proporcionar o sucesso de sua lavoura!

Fonte: Campo e Negócios
Crédito da 2ª imagem: Adriana Magalhães

 

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