No dia 06 de maio, a ISLA Sementes recebeu horticultores, chefs de cozinha, nutricionistas, fundadores de projetos relacionados a alimentação natural e cultivo, agrônomos e influenciadores de todo o Brasil para a 6ª edição da Colheita dos Chefs. O evento é um encontro entre as vozes que tornam possível uma alimentação mais saudável no país. Com o objetivo de conectar o campo e a mesa, ele proporciona aos convidados a experiência única de conhecer o ciclo dos alimentos. Além disto, aborda os desafios, soluções e formas criativas para disseminar o cultivo e consumo de alimentos que vem da terra.
Chef Marcos Livi durante a Colheita dos Chefs 2019, que estava repleta de variedades cheias de sabor!
Dando abertura a Colheita dos Chefs, Diana Werner, presidente da ISLA, contextualizou os convidados sobre a origem dos alimentos desde a semente, expondo todo o cuidado e o processo de anos de dedicação até o desenvolvimento de um novo produto. Além disso, ela revelou quais são as tendências da horticultura para este ano e as novidades da ISLA, como a linha de microverdes e de sementes orgânicas, que já conta com 14 cultivares.
Diana Werner, presidente da ISLA Sementes, falou sobre a produção de alimentos no Brasil e as novidades do mercado da horticultura
Evento contou com hortaliças para todos os gostos, em todos os formatos, cores e sabores!
Em sequência, chegou o momento tão esperado, e cada convidado recebeu uma cesta e tesoura para iniciar a sua própria colheita. Uma equipe da ISLA estava presente para auxiliar em dúvidas quanto às características de cada cultivar, qual o ponto ideal e a forma mais adequada de realizar a colheita conforme cada variedade.
Tomates de todos tamanhos e formatos foram um sucesso, especialmente as variedades mini de alto grau de doçura, como o mini italiano Sorbetto, os do tipo uva Dolcetto (vermelho) e Sicília (amarelo) e o Catânia, um tomatinho laranja do tipo cereja que tem tanto açúcar quanto uma melancia! “Eu tô achando incrível! Eu já comi 10kg de tomate, cada 100g de um tomate diferente. Lá em casa o povo é apaixonado por tomates, eu já mandei vários vídeos para o meu filho falando: Tom, isso daqui é o paraíso dos tomates”, brincou a nutricionista Gabriela Kapim, que ficou encantada com as variedades.
Além deles, os visitantes colheram folhosas para todos os gostos, feijão-vagem, abóboras, mini abóboras, mini pimentões, berinjelas de visual único como a berinjela redonda Niobe e a mini rajada Bilbo, flores comestíveis, pepinos, temperos e microverdes para dar um toque a mais nas refeições. “Eu tô abismada com a variedade, e com variedades que eu ainda não conhecia. Tô bem feliz. Tenho feito cada vez mais vegetais, não só porque é mais saudável para a gente e para a terra, mas também porque eles são muito interessantes do ponto de vista gastronômico. Tecnicamente interessantes né. São várias texturas, vários sabores, e é mais desafiador. Então para um chef de cozinha é um prato cheio! É uma delicia”, revelou a chef Bel Coelho, enquanto realizava a sua colheita.
Chef Bel Coelho realizando colheita dos mini tomates da ISLA Sementes
A nutricionista Gabriela Kapim ficou encantada com a diversidade de tomates
De acordo com a chef Manu Buffara, que fez parte do momento e está a frente do restaurante Manu, eventos como a Colheita dos Chefs são fundamentais por evidenciarem a conexão das pessoas com a agricultura e o entendimento do processo para que o alimento chegue a mesa. “Não é simplesmente o produto estar ali né. Tem que plantar, tem que desenvolver semente, tem que fazer um grande número de pesquisa, ver se realmente na sua terra consegue produzir isso, pra depois passar pro produtor. O produtor vai enfrentar várias dificuldades, desde o tempo e tal, até o alimento chegar pronto nas prateleiras do supermercado ou em nossas casas”, explicou. O chef e ex-masterchef, Andrei Pionteke, salientou ainda a relevância de popularizar o conhecimento sobre a gastronomia. “A gastronomia é fácil, ela é acessível. Só que a gente como chef, como profissional da área do cultivo, somos facilitadores para que isso caia no conhecimento do povo”, assinalou.
Enquanto os participantes colhiam as variedades direto no campo, os chefs Lili Andriola, Nati Tussi e Marcos Livi estavam preparando um banquete cheio de sabor!
Além de conhecer toda a diversidade disponível na horticultura, a Colheita dos Chefs é um momento de unir experiências e conhecimentos entre todos que fazem parte da cadeia da alimentação. Para isto, a presença de horticultores como Mauro Weber do Sítio Arvoreser, Lidiane Santos da Acqua Hidroponia, Joiji Yoshio Watanabe da J Watanabe Alimentos, Thomas Oberlin da Mighty Greens e Aldaci e Nélio, do Família Belle Agroecologia, foi fundamental.
Aldaci, que trabalha há anos com a produção de orgânicos e comercializa em feira agroecológica de Porto Alegre, destacou que nos últimos anos foi possível perceber um aumento da conexão entre os produtores e consumidores, que cada vez mais querem conhecer de onde vem os seus alimentos. “A feira está aumentando muito, muito. A demanda pelas feiras está muito grande, as pessoas querem conversar com você, saber como você plantou, porque você plantou”, expôs. Joiji, da J Watanabe Alimentos, evidenciou a necessidade de inovação no mercado e materiais de alto desempenho, com características diferenciadas. “Novas variedades de sementes, legumes, de frutas. Isso o Brasil precisa, que a gente precisa. Que o consumidor precisa, o distribuidor precisa, todo mundo”, explicou.
O chef Fabrício Goulart e influenciadora vegana Paola Salerno Troian estavam só sorrisos com as suas colheitas
Amélia, do Horta do Ditian, adorou a Abobrinha Macarrão Vegano e a Pimenta Doce Ibaté
A consultora de cardápios Elenice Altman, Carol Costa do Minhas Plantas e a nutricionista Neide Rigo e suas colheitas cheias de sabor!
No evento os visitantes puderam conhecer pré-lançamentos da ISLA cheios de sabor, como é o caso da Abobrinha Macarrão Vegano, que após aquecida e raspada com o garfo dá origem a fios de uma deliciosa massa vegetal, perfeita para celíacos e veganos. Ou do pré-lançamento Pepino Merenda, extremamente crocante e perfeito para lanches.
“Vir aqui é sensacional porque a gente redescobre a paixão pelo alimento e se conecta de novo com todas essas variedades. Amei a abóbora Macarrão Vegano, que agora a ISLA desenvolveu. Essa paixão aqui vocês assam, cortam, desfiam e vira um lindo macarrão vegano sem glúten. Maravilhoso, super saboroso e versátil!”, mencionou a influenciadora vegana Paola Salerno Troian. “Eu gostei muito dessa abobora que vira uns fiapos de macarrão. E esse pimentão doce, que maravilha né”, complementou Amélia, influenciadora do canal Horta do Ditian.
Carol Costa, do Minhas Plantas, adorou a colheira e brinca que é a praga da estufa da ISLA, e nem o controle biológico usado na Estação Experimental conseguiu pará-la. Na sua cesta, estavam mini pimentões, microverdes de alface e de agrião, além de mini pimentões e o pré-lançamento Pepino Merenda, ideal para lanches e que ela adorou devido a crocância.
Chef Marcelo Schambeck complementando a sua colheita
Andréa Lobos Martins, do Peppo Cucina e PPKB Kitchen Bar, realizando a sua colheita
O chef Marcelo Schambeck, que nas outras edições da Colheita dos Chefs transformou as variedades da Estação Experimental da ISLA em refeições maravilhosas, estava como convidado neste ano, e aprovou a experiência. “É um dos lugares que eu mais gosto de vir né, nessa época. E ter um produto, ver ele disponível, parece um sonho ter quase um mercadinho onde a gente possa colher cada produto”, alegou. O Chef Fabrício Goulart, do Feitosa Gourmet, participou pela primeira vez do evento, e expôs que poder cheirar, provar e conhecer mais a fundo cada variedade de hortaliça, erva ou tempero é o que dá mais conteúdo para os chefs cozinharem.
“A gente tá se sentindo num conto de fadas, uma horta show, parece um livrinho de conto de fadas, com vários tipos de frutinhas”, mencionou a nutricionista Melissa Suarez, da Raw Porto Alegre. “É um contexto assim de tudo, é aromas, formatos, cores também, então a gente não sabe pra onde a gente vai primeiro, é tanta coisa linda. Enche os olhos, realmente”, complementou Sandra Santos, também do Raw.
Com palavras cheias de amor e orgulho pelas nossas raízes, a chef Manu Buffara palestrou sobre uma boa alimentação para todos, abordando a sua experiência em conectar o campo e a gastronomia. “Somos um ponto a conectar o outro nessa cadeia sem fim. Somos, em essência, aquilo que comemos”, expôs. Andrei Santos, diretor de planejamento estratégico da ISLA, falou sobre o impacto de cultivar o próprio alimento e disseminar a ideia de cultivo: “Ver uma semente germinar, ver uma planta crescer, ver aquele fruto, poder colher o fruto e poder consumir. As pessoas que passam por essa experiência vão ter uma nova relação com o alimento”.
Chef Manu Buffara e Andrei Santos, da ISLA Sementes, falam sobre a boa alimentação via conexão entre cultivo e consumo de alimentos
Para proporcionar uma refeição que resgata os sabores que vem da terra, o carinho nos detalhes foi essencial. Uma estrutura no estilo a ferro e fogo, inspirada na cozinha do chef Francis Mallmann, um ícone da gastronomia patagônica, foi montada. Nela, os visitantes conferiram um show de hortaliças, preparadas das mais diversas formas pelos chefs Lili Andriola, Nati Tussi e Marcos Livi. Um exemplo disto foi a couve-flor Wellington, que levou massa folhada, ragú de cogumelos e bem no centro uma couve-flor.
Hortaliças foram preparadas no estilo a ferro e fogo!
“A gente tá construindo de uma forma que não tenha proteína animal. Então resolvemos pendurar os alimentos. Fizemos pão de fermentação natural usando cascas, como casca de uva, abóbora e espinafres. Pegamos toda essa parte de legumes e fomos fazendo confitados, de berinjela, tomate, pimentões doces. Colocamos na grelha para defumar a beterraba, que vai virar uma salada com queijo feta. Estamos defumando também o alho, que vai para um feijão-vagem. Estamos usando quiabos, pimentões. E além disso vamos fazer rosti de tubérculos (batata, cenoura e beterraba), e vamos fazer um creme das abóboras que foram todas defumadas, usando leite de coco. Vamos fazer pão grafite. Estamos trazendo os microverdes, os grãos, vamos usar o tomate para fazer uma salada caprese morna, onde o tomate vai estar morno e a búfula vamos defumar na hora. E vamos estar acrescentando um sorvete de manjericão ainda, para finalizar”, resume o chef Marcos Livi.
Refeição da Colheita dos Chefs foi um sucesso!
Outro sucesso foram as sobremesas, como o doce de tomates e chocolate branco de Lili Andriola, e a berinjela doce ao estilo libanês, acompanhada de nata e pistache. Lili revelou cada ingrediente de sua sobremesa protagonizada por tomates e ousadia: “É um cremoso de chocolate branco, com tomate cozido numa calda de cumaru, tomate brulee, uma granita de pepino e salsa e um gel de morango com manjericão limão”. A chef Nati Tussi fez uma colheita final de manjericões e também nos contou o que estavam preparando. “A gente vai fazer um aligot com tomates assados, e tem uma mistura de manjericões. Eu tô achando ótima a Colheita, na verdade eu acho esse evento um dos mais legais do ano. Eu me emociono toda a vez que eu venho aqui! É incrível poder colher isso aqui e depois colocar lá no prato da galera”, revelou.
Nati Tussi colhendo manjericões para o preparo dos pratos | Chef Lili Andriola com sobremesa de chocolate branco e tomates finalizada!
A Colheita dos Chefs 2019 contou ainda com toque especial com a presença da Banda Mother Funky! E para finalizar, teve um bar secreto dentro da estufa de tomates, que ficou conhecido entre os participantes como “balada do tomate”. Nela, os convidados desfrutaram de drinks da Vasco da Gama 1020, que também reverenciam as hortaliças, sendo preparados com tomatinhos colhidos do pé, pepinos e rúcula.
Do campo à mesa o evento cumpriu com o seu objetivo: mostrar ao mercado gastronômico que o Brasil tem muito mais variedades de hortaliças do que se imagina e que é possível tornar realidade uma alimentação mais saudável para todos! As Colheitas ISLA acontecem anualmente e são as principais ações conceituais da empresa. Além de incentivar chefs e influenciadores a explorarem a diversidade de hortaliças diferentes no mercado, a ação também tem como objetivo estimular a valorização do horticultor e de todos os elos do ciclo da cadeia da alimentação, desde a semente, passando pelo produtor, o ponto de venda e finalmente o prato do brasileiro.