As cooperativas de produtores surgiram como forma de organização e união de forças entre agricultores que buscavam alternativas de renda para o trabalho agrícola. A atividade principal de cada uma, seja fumo, leite ou outro segmento, foi abrindo espaço para outros cultivos e criações.
Nesta matéria contamos os mais recentes passos deste segmento e como estão se organizando os produtores em busca de uma horticultura mais sustentável. Acompanhe:
O que é cooperativismo
Cooperativismo é um movimento, filosofia de vida e modelo socioeconômico capaz de unir desenvolvimento econômico e bem-estar social. Seus referenciais fundamentais são: participação democrática, solidariedade, independência e autonomia. A organização visa às necessidades do grupo. Busca prosperidade conjunta e não individual. Estas diferenças fazem do cooperativismo a alternativa socioeconômica que leva ao sucesso com equilíbrio e justiça entre os participantes.
Este movimento vem apresentando excelentes resultados ano após ano, seja pela repercussão dos eventos promovidos, capacitação aos produtores, palestras e competições, o que engaja e motiva os produtores.
Entendendo o papel da hortaliça
Nos últimos anos, inclusive durante a pandemia, os agricultores passaram a valorizar a diversidade de hortaliças, agregando inúmeras possibilidades aos seus negócios.
Com a parceria de empresas fornecedoras, as cooperativas viabilizam custos aos seus cooperados, o que incentiva ainda mais o comércio local, aumentando o poder de compra dos agricultores.
As hortaliças desempenham diferentes papéis neste cenário, seja pela organização do setor, pelas melhorias sociais, econômicas e culturais, além de reunir produtores de pequeno porte em grandes negócios, agregando valor e proporcionando melhores resultados para os cooperados.
Conversamos com Santiago Pereda, Coordenador de Distribuição da ISLA Sementes, que esteve envolvido em inúmeros eventos realizados por estas Cooperativas. Santiago contou mais detalhes sobre sua participação e percepção sobre a evolução deste mercado.
“Neste ano foi possível perceber aumento significativo de horticultores urbanos que querem aprender mais e conhecer cada vez mais novidades, principalmente pela quantidade de variedades de alto sabor disponíveis nos eventos. Além disso, posso destacar que o público urbano está cada vez mais interessado e buscando por conhecimento técnico. Assim podem aplicar mesmo em pequenas hortas as técnicas agronômicas de produção.” Santiago Pereda.
CH: Como você descreve a organização dos eventos pelas cooperativas?
Santiago: À medida que passam os anos e novos eventos são programados as cooperativas entendem quais são as melhorias e isso se reflete ano após ano, e este ano não foi diferente. Já nos primeiros meses do ano tivemos uma boa amostra do que estas cooperativas estão engajadas em realizar, a organização foi impecável, tanto para os profissionais quanto para o público em geral.
CH: Sobre a diversidade de cultivos, como foi a aceitação do público?
Santiago: Em todas as feiras o estande da ISLA é sempre um dos mais procurados, por apresentar uma diversificação muito grande de materiais com alto padrão de sabor, textura, aroma, além do grande apelo visual.
Sempre se destacam os microverdes, que para muitos ainda é uma novidade e tem grande aceitação logo de cara, tanto para consumo, produção em casa ou para presentear com os kits ou os envelopes de sementes em si.
Este ano percebemos que muitas pessoas foram até as nossas áreas de cultivo para degustar a Pérola Negra, pois já haviam lido sobre o seu sabor de castanha, o que chama muito a atenção. Já a Mini Jack é mais conhecida no mercado, porém para os visitantes o interessante foi ver a variedade sendo conduzida com tutoramento, o que para muitos é uma novidade.
O tutoramento das abóboras e mini abóboras serviu como forma de quebrar algumas objeções de quem tem pouco espaço ou mora em áreas urbanas sobre a facilidade de produção desses materiais.
Os tomates tipo cereja ou grape coloridos também são variedades muito procuradas e sempre são as sementes que são mais comercializadas.
Este ano foi apresentada também a nossa Atlantic Gigante com aproximadamente 70 kg que repercutiu muito e fez sucesso entre o público.
Saiba mais sobre as Cooperativas e suas atividades:
Cooperja
A 19ª edição do Campo Agroacelerador da Cooperja já ficou para história, com a visita de mais de 6 mil pessoas durante a edição de 2023. A programação foi diferenciada e atendeu todos os tipos de públicos.
Veja os destaques desta feira: https://www.cooperja.com.br/noticia/mais-de-6-mil-pessoas-passaram-pelo-19-campo-agroacelerador-da-cooperja-maior-edicao-da-historia-570
Cooperativa Regional Itaipu
Visando elevar a qualidade de vida das famílias rurais, melhorar o trabalho e a produção, a Cooperitaipu investe em programas, técnicas e tecnologias. Profissionais do agronegócio são responsáveis em transportar novos conhecimentos aos cooperados, rumo a melhores resultados.
Um dos principais objetivos da Cooper Itaipu sempre esteve voltado a fortalecer e melhorar a renda média das famílias rurais, prezando pela qualidade de vida de toda a sociedade. Saiba mais: http://cooperitaipu.com.br/
Cravil
A Cravil conta com mais de 3,5 mil associados e uma estrutura preparada para atender o homem do meio rural em mais de 40 municípios. São 55 filiais, 36 lojas agrícolas e supermercados e 16 unidades de recebimento e beneficiamento de cereais e leite.
Acompanhe algumas ações sociais realizadas pela Cravil: https://www.cravil.com.br/cooperativa/acoes-sociais/
Copercampos
Já estão acontecendo os preparativos para a edição de 2024 do Show Tecnológico, nos dias 27, 28 e 29 de fevereiro. Na edição de 2023, mais de 19 mil pessoas estiveram participando do evento, batendo recordes com relação às edições anteriores.
Leia outras informações sobre a Copercampos e suas atividades: https://www.copercampos.com.br/