Conheça o cultivo de girassol ornamental

O cultivo de flores de corte é uma alternativa de renda para agricultores da região serrana do Rio de Janeiro por não demandar grandes áreas, proporcionar um maior retorno econômico, além de fixar a mão de obra no campo. 

Na localidade de Vargem Alta, distrito de Nova Friburgo – RJ, por exemplo, circula na economia da região em torno de 40 milhões de reais por ano com o cultivo de diversas variedades de flores, entre elas o Girassol Ornamental, que se tornou importante para várias famílias que se especializaram na sua produção. 

Em visita à produção de Evandro Tardem, pudemos conhecer de perto o cultivo e suas características. Na oportunidade conhecemos mais sobre esta interessante produção.

As principais peculiaridades são:

  • A escolha da semente adequada para este tipo de cultivo, 
  • As janelas de semeadura
  • A forma de manejo da variedade
  • Ponto de corte/colheita
  • Seleção das flores
  • Armazenamento
  • Transporte/logística
  • Forma de comercialização.

Sobre as sementes é importante salientar que se deve utilizar um híbrido que atenda as características deste mercado. A flor do Girassol deve ser virada para cima, pois na confecção dos arranjos e buquês ela se encaixa de forma perfeita nas embalagens. Outra característica importante dessa variedade é que a mesma não produz pólen e isso aumenta sua conservação pós-colheita. 

Flor virada para cima.

O Girassol Ornamental também proporciona uma ampla época de semeadura, adequando-se às exigências do mercado que é consumidor durante todo ano. Para o produtor Evandro é possível se cultivar durante todo o ano em sua região, ele salienta que se deve cuidar com o intervalo de semeadura para que em épocas ou janelas de transição de estação os lotes plantados não cheguem no ponto de colheita todos juntos, podendo causar uma super oferta e o produtor ter prejuízos com descarte.

Implantação escalonada, para colheita escalonada.

Uma adaptação que foi citada pelo produtor é sobre a semeadura direta no solo, que seria ideal para planta entregar seu melhor padrão de flor, porém se perdia muito no campo devido a ataques de pragas e animais como: lagartas, ratos e pássaros. A alternativa encontrada para minimizar este “problema” foi a produção de mudas em viveiro e posteriormente realizar um transplante e dessa forma resolveu-se o problema.

Mudas já adaptadas ao transplante, em desenvolvimento.

Leia neste material as principais pragas que afetam a cultura do Girassol

Sobre o ponto de colheita podemos destacar que a flor não deve ser colhida totalmente aberta. O melhor ponto de colheita é quando o botão floral ainda está parcialmente fechado, mas com todas as estruturas formadas, como na foto a seguir. 

Ponto de colheita, com a flor parcialmente aberta.

Desta forma é possível maior tempo de pós colheita e melhor durabilidade da flor no comércio. Após o corte, para completar seu desenvolvimento, recomenda-se colocar a base da haste em água. Geralmente esta etapa é feita com plantas já selecionadas e dentro das embalagens de comercialização. 

Após a seleção, os maços que geralmente contém 6 unidades serão armazenados em câmaras frias até o momento da comercialização. 

Segundo o produtor Evandro, quando colhido o botão floral totalmente aberto a probabilidade de queda de pétalas é alta podendo trazer desvalorização na hora de comercializar, ocorre que o cliente vai sempre escolher o arranjo ou buquê em que os botões estejam com suas pétalas na sua totalidade.

Uma forma de manter a planta viável por mais tempo é a colheita com cerca de um metro de haste. Com o passar dos dias, a medida que a haste vai se deteriorando, o próprio consumidor ou comerciante vai cortando a parte ruim, e a planta segue bonita. 

Com este manejo a arranjo pode durar até por 15 dias no vaso com água mantendo a qualidade dos botões florais.

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