De maio a julho as diferentes variedades de Couve-Chinesa (Brassica campestris L. var. chinensis) podem ser semeadas em todo o Brasil. Nesta matéria apresentamos as principais características desta espécie, bem como os diferentes mercados e oportunidades para comercialização.
Conversamos com Rildo Feitosa, Gerente de Vendas da ISLA Sementes, que nos falou mais detalhes. Acompanhe:
Principais mercados:
Varejo em supermercados
Os supermercados e hipermercados desempenham um papel significativo na distribuição da couve-chinesa, com uma parcela considerável das vendas ocorrendo nesses estabelecimentos. A hortaliça é disponibilizada geralmente cortada, vendida por peso, como nestas imagens:
Couve-chinesa embalada para comercialização
Feiras livres e venda direta ao consumidor
As feiras livres constituem um importante ponto de venda para esta e outras hortaliças, onde são vendidas cabeças inteiras, podendo ser cobradas por peso ou por unidade. As colheitas são feitas na semana da feira, um ou dois dias antes da comercialização, o que permite escalonar também a produção.
Centrais de abastecimento
Os compradores costumam combinar diretamente com os produtores sobre a forma de pagamento e datas de entrega, sendo comum a realização de colheitas uma ou duas vezes na semana, fornecendo a hortaliça sempre fresca.
Setor de alimentação
A couve-chinesa é amplamente utilizada na culinária brasileira, especialmente em pratos da cozinha oriental, como yakisoba e outros pratos refogados. Ao vender diretamente para restaurantes, é possível diminuir os custos com armazenamento e atravessadores.
- Independente do mercado em que irá atuar, faça um planejamento considerando o tempo em tarefas como colheita, retirada de folhas da borda e talos, bem como higienização e embalamento, se for o caso.
Mais sobre o cultivo:
- Esta é uma planta bastante rústica, portanto, de fácil manejo e condução;
- Espaçamentos menores podem trazer competição entre plantas e certa desuniformidade entre plantas. Prefira espaçamentos maiores, como de 30 a 40 cm entre plantas;
- Por ser uma brássica exigente em número de horas de frio, o plantio é feito preferencialmente entre abril e agosto nas Regiões Sul, Sudeste e metade Sul de Minas Gerais.
- O ciclo é estimado entre 80 a 90 dias, para as regiões de clima frio. Já em ambientes de clima quente o ciclo é completado mais rapidamente, aos 40 ou 45 dias.
- Quando há excesso de chuvas, o cultivo pode apresentar queima nas bordas ou na saia. Para controle destes sintomas, é recomendado aplicar cálcio e boro via foliar, a partir dos 35 dias de cultivo, duas vezes na semana.
Saiba mais sobre o ponto de colheita: Ponto de colheita da Couve-chinesa Híbrida Lian
Variedades de alto desempenho para sua produção:
– Alta aceitação entre produtores que comercializam a cabeça cortada;
– Produz cabeças de arquitetura média, base larga, compactas e uniformes;
– Suas folhas são crocantes, adocicadas e de coloração verde-clara com folhas internas amarelas;
– Cabeça menor se comparada à variedade Xitara.
– Produz cabeças grandes e compactas com ótimo fechamento e peso.
– Suas folhas são crocantes, adocicadas e de coloração verde brilhante com folhas internas amarelas;
– Boa tolerância ao pendoamento e a Hérnia das crucíferas.
Couves-chinesas híbridas Lian e Xitara
Ambas são variedades híbridas, o que proporcionam alto desempenho para sua lavoura. As sementes estão disponíveis para a venda. Basta clicar no nome da variedade escolhida.
Nesta matéria você confere mais informações sobre o manejo das variedades.